09 outubro 2014

Inferno Vermelho


Lagoa do Peixão

Depois de muita expetativa para ver o nascer do sol, numa das mais belas lagoas do parque natural da Serra da Estrela, surge a oportunidade de concretizar o meu desejo.
A esta expedição demos o nome de Inferno vermelho.
Esta expedição principiou por volta das cinco horas da manha do dia 31 de Agosto de 2014, com partida na fonte dos perus, as condições climatéricas estavam excelentes, o céu limpo e uma brisa suave.
Verificámos todo o material para termos a certeza que nada ficava para trás, colocámos as mochilas ás costas e lá demos inicio à nossa caminhada, devido ao desnível acentuado em algumas partes do percurso, fizemos uma descida prudente e calma. Depois de 1 hora de caminhada sem precalços e com um grupo fantástico composto por quatro elementos, Antonio Simões, Carlos Pessoa, Jorge Marcelino e eu íamos todos bastante animados. Eram por volta das seis horas da manha, quando alcançamos a lagoa do peixão, com a noite ainda cerrada, a expectativa e o entusiasmo eram enormes, pois como ainda era cedo não sabiamos se aquelas condições permaneceriam boas até o romper da aurora.
Após um pequeno descanso começei a procurar o melhor enquadramento, iniciei a montagem e a verificar todo o equipamento. Enquanto aguardava o nascer do sol, aproveitei para tomar o pequeno almoço, após uma espera de 40 minutos o sol começou a iluminar o cume do fragão do poio dos cães, refletindo com todo o seu explendor nas águas calmas e cristalinas da lagoa do peixão. Um cenário mágnifico que nos deixou sem palavras, tendo em seguida captado um magnifico postal, toda aquela beleza perpetuada numa fotografia! Posteriormente guardei todo o equipamento e  decidimos fazer o impensável. Eram cerca das 07:30 h da manhã, como o tempo convidada e a temperatura da água estava magnifica, demos um mergulho na lagoa, foi cerca de meia hora de pura adrenalina e divertimento.
Por volta das nove horas da manhã, estava na hora de carregarmos todo o material ás costas e começarmos a caminhar de regresso ao ponto de partida. O calor que se fazia sentir àquela hora e a subida íngreme que tinhamos pela frente, causaram várias paragens até chegarmos ao nosso transporte, pois o cansaço fisico era enorme!
Finalmente quando chegámos ao local da partida, estavamos desgastados pelo percurso, mas havia uma compensação muito maior, comparativamente com aquilo tudo que passámos! Foi hora de arrumar todo o equipamento recheado de belos registos fotográficos que irão ficar nas nossas memórias para sempre. E uma coisa tinhamos a certeza é que a vontade de lá voltar era enorme.
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08 outubro 2014

Deep winter


A Majestosa Lagoa dos Cântaros foi alcançada cerca das 05h10min da manhã, depois de uma caminhada de 01h20min com arranque do Covão da Ametade. Esta foi um bocado mais atribulada do que o normal, devido à vegetação densa que em alguns sítios tapava completamente o trilho.
Ao chegar à lagoa ainda com a noite serrada e com o céu limpo, aproveitei para observar as estrelas enquanto aguardava pelo nascer do sol.
Eram cerca das 05h40min da manhã quando o dia começou a aclarar e com ele veio uma grande desilusão, pois a água na lagoa estava agitada, havia nevoeiro e nuvens baixas viradas a Este, condições nada favoráveis ao nascer do sol que era o meu principal objetivo.
Mas um pouco depois das 06h30min o sol conseguiu romper pelas nuvéns e uma luz magnífica começou a iluminar o cume do Cântaro Gordo e nesse instante uma onda calma e serena começou a invadir a lagoa, deixando um cenário deslumbrante e magnífico, que me reduziu à insignificância. Senti-me comovido e sem palavras, perante um panorama tão fascinante, onde somos tão pequeninos no meio daquelas montanhas.
Depois de 20 minutos de explendor, estava na hora da partida para mais uma etapa, o cume do Cântaro Gordo, uma longa e duríssima subida, mas ao chegar lá acima exausto, mas com a certeza que todo o esforço foi recompensado pela beleza da paisagem.
Aos companheiros Hugo Augusto, António Massano, Jorge Marcelino, António Simões e Carlos Pessoa desta expedição resta-me agradecer pela Companhia e camaradagem que demonstraram durante esta manhã.
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23 fevereiro 2014

H2otel - Unhais da Serra, Serra da Estrela, Portugal.

H2Otel - Unhais da Serra, Serra da Estrela, Portugal.
Numa manhã fria de Fevereiro e depois de umas longas semanas a chover, aproveitei uma trégua do S. Pedro e decidi levantar-me cedo para ir congelar e perpetuar umas imagens.
Passavam 45 minutos das 6 horas da manhã, já me encontrava nas encostas de Unhais da Serra. Só eu e o silêncio quase absoluto, não fosse o simples cantar dos passarinhos, o ar puro e a inebriante natureza. Tudo isto me fez sentir uma sensação de liberdade que não tem preço.
Depois foi só aguardar pelo momento oportuno, em que a luz certa se enquadra num perfeito cenário para captar a imagem final.